Natureza Terapêutica: uma experiência de Educação Ambiental nas trilhas do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros - Goiás

Irineu Tamaio, Priscilla Castro da Silva

Resumo


DOI

O estilo de vida moderno, marcado pelo ritmo acelerado das atividades industriais, agropecuárias e mineradoras, coloca em risco a saúde mental e física das pessoas que vivem em áreas urbanas, comprometendo também a proteção das Unidades de Conservação (UCs). Ao se distanciar da natureza, o ser humano perde as suas raízes e passa a ter tendência a adotar um padrão de vida menos saudável para corpo e mente. Considerando esse cenário, este artigo apresenta uma pesquisa sobre a elaboração de um roteiro de orientações sobre vivências terapêuticas na natureza, para uma trilha do Parque Nacional Chapada dos Veadeiros (PNCV), Alto Paraíso, Goiás, de acordo com a prática oriental dos banhos de floresta – shinrin-yoku e com o conceito ocidental de “natureza terapêutica”. Ambas as teorias propõem uma imersão dos sentidos na natureza para, além de uma conexão com o mundo natural, atingir a cura e melhorias na saúde. No campo metodológico, a pesquisa é classificada como analítico-exploratória, pois busca desenvolver e esclarecer conceitos e ideias a partir de um problema específico – o uso das trilhas Cariocas e Cânions II do PNCV. A pesquisa resultou em um documento denominado “Banhos de Cerrado no Parque Nacional Chapada dos Veadeiros – uma experiência de Natureza Terapêutica”, com 13 pontos de paradas com exercícios para os sentidos na floresta do Cerrado. Trata-se de um produto centrado na referida abordagem de imersão, que pretende proporcionar aos visitantes uma melhoria do bem-estar e da saúde e um aumento do grau de preocupação cidadã com a proteção ambiental.


Palavras-chave


Natureza Terapêutica, Educação Ambiental, Chapada dos Veadeiros.

Texto completo:

PDF (Português)

Referências


Alberta Recreation and Parks Association. (2007). Healthy Parks, Healthy People, Healthy Communities — Assessing the Proximate Value of Parks and Open Space to Residential Properties in Alberta. Edmonton, AB: Alberta Recreation and Parks Association.

Benson H., Proctor W. (2010). Relaxation revolution. Enhancing your personal health through the science and genetics of mind body healing. New York, Scribner Book Company. 269.

Canadian Parks Council. Parks Canada. (2014). Connecting Canadians with Nature — An Investment in the Well-Being of our Citizens. Ottawa, Parks Canada. 40.

Carvalho, I. C. M. (2004). Educação Ambiental: a formação do sujeito ecológico. São Paulo: Cortez, 2004.

Cornell, J. (1996). Brincar e aprender com a natureza. Guia de atividades infantis para pais e monitores. Ed. Melhoramentos. São Paulo.

Doucet FW. (1981). Treinamento da Intuição: como pensar com criatividade. Coleção Master. Psicologia Aplicada. Tradução: Richard Paul Neto. Rio de Janeiro. Editora Ediouro. 228.

Ernesto M., Marques L.S. (2001). Decifrando a Terra, 1.ª edição - Investigando o interior da Terra. Capítulo 4. São Paulo. Companhia Editora Nacional.

Gemelli A.C. e Marimon R.G.A. (2011). Gemoterapia como Instrumento na Terapêutica Naturológica: um estudo de caso. Cad. acad. Tubarão, Unisul. Vol. 3, n. 1, p. 80.

Gesler. W. M. (1996). Lourdes: healing in a place of pilgrimage. Health & Place, Elsevier.

Health Effects Institute (2018). State of Global Air 2018. Special Report. Health Effects Institute. Boston. Disponível em: https://www.stateofglobalair.org/sites/default/files/soga-2018-report.pdf . Acesso em: 4 jun 2018.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2015). Porcentagem de residentes nas zonas urbana e rural. PNAD. Brasil. Acesso em: 7 abr 2018.

ICMBIO – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. (2011). Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros 50 anos: 1961-2011. Brasília.

ICMBIO. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. (2017). Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros – Guia do visitante. Disponível em: http://www.icmbio.gov.br/parnachapadadosveadeiros/guia-do-visitante.html. Acesso em: 15 jun 2017.

Kinker, S. (2002). Ecoturismo e conservação da natureza em parques nacionais. Ed. Papirus. Campinas, São Paulo.

Kuo F. (2010). Parks and Other Green Environments: Essential Components of a Healthy Human Habitat. Asburn, Research Series National Recreation and Park Association. 48.

Layrargues, P. P. e Lima, G.F.C. (2014). As Macrotendências Político-Pedagógicas da Educação Ambiental Brasileira. Ambiente & Sociedade v. XVII, n.1, p. 23-40.

Li Q., Kobayashi M., Inagaki H., Katsumata, Hirata Y., Hirata K. et al. (2008). A Forest Bathing Trip Increases Human Natural Killer Activity and Expression of Anti-Cancer Proteins In Female Subjects. Department of Hygiene and Public Health, Nippon Medical School, Tokyo, Japan. Int J Immunopathol Pharmacol. 45.

Li Q., Otsuka T., Kobayashi M., Wakayama Y., Inagaki H., Katsumata M., et al. (2011). Acute effects of walking in forest environments on cardiovascular and metabolic parameters. European Journal of Applied Physiology. 28 - 45.

Maia C. (2017). Oráculo da Natureza. Chapada dos Veadeiros, Goiás.

Mendonça, R. (2007). Educação ambiental vivencial. Encontros e Caminhos: formação de educadoras (es) ambientais e coletivos educadores. MMA. Brasília. Volume 2, p.122.

Mendonça R. (2017). Atividades em Áreas Naturais. 2.ª edição. São Paulo. Editora Ecofuturo. 85.

Morita E, Fukuda S, Nagano J, Hamajima N, Yamamoto H, Nakashima T, Ohira H e Shirakawa T. (2007). Psychological effects of forest environments on healthy adults: Shinrin-yoku (forest-air bathing, walking) as a possible method of stress reduction. Public Health. p. 55.

Neto ARN. (2010). Conversando sobre: Terapias Complementares (acupuntura, biofeedback, meditação e hipnose) para o gerenciamento do estresse. 3.º Congresso Brasileiro Psicologia: Ciência & Profissão. Construindo referenciais éticos, democráticos e participativos. São Paulo, Brasil, palestra.

Neto ARN. (2010). Gestão do estresse ocupacional: novas tecnologias. 3.º Congresso Brasileiro da Psicologia: Ciência & Profissão. Construindo referenciais éticos, democráticos e participativos. Fórum de Entidades Nacionais da Psicologia Brasileira. São Paulo, Brasil, palestra.

Neto J.F.M. (2013). Workshop Origem e Formação dos Cristais. A Arte Intuitiva de Cura com Cristais.

Ohtsuka Y., Yabunaka N., Takayama S. (1998). Shinrin-yoku (forest-air bathing and walking) effectively decreases blood glucose levels in diabetic patients. Int J Biometeorol.

Ohira H., Takagi S., Masui K., Oishi M., Obata A. (1999). Effects on shinrin-yoku (forest-air bathing and walking) on mental and physical health. Bull Tokai Women University.

Oliveira D.V. e Meija P.M. (2011). A hidroterapia atuando na qualidade de vida das pessoas com Parkison. Pós-graduação em Fisioterapia e Neurologia. Faculdade Ávila. 12.

Portela G. (2014). Pesquisa Nacional de Saúde mostra que cerca de 40% dos brasileiros têm doença crônica. Disponível em: https://portal.fiocruz.br/noticia/pesquisa-nacional-de-saude-mostra-que-cerca-de-40-dos-brasileiros-tem-doenca-cronica. Acesso em: 7 abr 2018.

Quintana R. (2011). Climatoterapia y Helioterapia. Instituto San Pablo. Lima, Peru. 68.

Silva, P. C. (2018). Banhos de Floresta: um roteiro para experiência da natureza terapêutica na Trilha Cariocas e Cânions 2 - Parque Nacional Chapada dos Veadeiros – GO. Monografia (Bacharelado em Gestão Ambiental) – Universidade de Brasília, Planaltina-DF. 84.

Ulrich R. S. (1984). View through a window may influence recovery from surgery. Science. 420-421.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Direitos autorais 2021 Irineu Tamaio, Priscilla Castro da Silva

Educação Ambiental (Brasil) | ISSN: 2675-3782

CC-BY 4.0 Revista sob Licença Creative Commons
Language/Idioma
02bandeira-eua01bandeira-ingla
03bandeira-spn